Como vender comida online?

Como vender comida online?

Damos-lhe informações sobre como criar e gerir uma empresa do setor alimentar online bem-sucedida.

O crescimento do online no setor da alimentação mundial ainda não superou o offline, mas já se regista um aumento das vendas de e-commerce, o que poderá indicar que no futuro poderá superar o retalho alimentar tradicional.

A venda de alimentos pela internet tem, porém, uma participação modesta em Portugal, mas com boas perspetivas de crescimento. Esse olhar otimista deve-se ao perfil do consumidor, que procura sempre mais comodidade, inclusive na hora de realizar as compras em supermercados.

A logística nesse tipo de e-commerce é o fator principal para alcançar o sucesso, principalmente quando se trabalha com produtos perecíveis. No entanto, este mercado ainda não é tão explorado e só com um bom planeamento e algo que se destaque da concorrência, poderá levá-lo a navegar num mar de possibilidades e crescimento.

As sete melhores práticas de e-commerce em Portugal

Conheça as sete melhores práticas das empresas de e-commerce em Portugal, segundo um estudo do DPD Group, dono da Chronopost:

Digital Wallet – Métodos de pagamento digitais, como Paypal e Alipay, continuam a ser o meio de pagamento preferido em Portugal quando se compra online. As aplicações de pagamento mobile estão em forte desenvolvimento.

Motores para a compra – As entregas gratuitas, os pagamentos por digital wallet e a detalhada descrição dos produtos continuam a ser os principais motores para a compra.

Opções de Entrega – Os e-buyers portugueses têm as entregas na sua maioria em casa (75%), mas revelam-se dispostos a considerar alternativas. As entregas no local de trabalho começam a crescer. Por outro lado, há uma elevada apetência pela maioria das opções de entrega à medida: notificações avançadas com janela de uma hora está no top 5 das opções preferidas. Saber ou escolher o dia exato e a janela de entrega de uma hora são muito atrativos para os e-shoppers portugueses.

Saber quem entrega – O nome da empresa que faz a entrega é importante para a maioria dos e-shoppers. Mais de 60% considera importante saber a empresa de entregas antes de comprar.

Experiência de devolução – Devolver uma encomenda não parece ser uma tarefa simples para o e-shopper português, apenas 20% considera o processo de devolução como simples. Dar mais ênfase à política de devolução pode melhorar a experiência dos utilizadores.

Compradores frequentes – As marcas devem colocar o seu foco nestes compradores: representam mais de 30% dos compradores online e mais de 80% das compras anuais. Cerca de metade tem menos de 35 anos.

Atenção aos Millennials – são os que mais utilizam o e-commerce e os que fazem mais compras “guilty pleasure”.

Portugal ainda pouco adepto do online nas compras de supermercado

empresa do setor alimentar

O consumidor português está, ainda, pouco desperto para a compra online dos bens de grande consumo. O comércio online dos produtos alimentares e de higiene está, ainda, numa fase de desenvolvimento, com uma taxa de, apenas, 1%. Basta ter em conta que, por cada mil euros que os portugueses gastam nas compras para o lar, só oito euros correspondem a aquisições online.

Os compradores online são, essencialmente, famílias, com filhos, e que moram nos grandes centros urbanos. Pelo menos 33% dos compradores de bens de grande consumo na internet vivem na região de Lisboa, sendo que, 72% deles têm até 49 anos. As famílias com crianças pequenas representam 31% destes compradores.

Há três considerações importantes ao examinar as barreiras do comércio eletrónico. Em primeiro lugar, o desejo de analisar um artigo antes de comprá-lo. Em segundo lugar, a falta de confiança se os retalhistas cumprirão as expectativas sobre frescura dos alimentos. E, em terceiro lugar, a preocupação sobre o nível de qualidade dos produtos comprados. É necessário aliviar estas barreiras para impulsionar a participação do gasto no comércio eletrónico pelo consumidor português. Continue a ler para saber o que fazer para começar a fazer negócio nesta área.

Como construir um e-commerce que venda comida?

A venda de alimentos online é um dos negócios de e-commerce mais difícil de ter sucesso. Criar um site atrativo pode ser um desafio e garantir que os seus produtos, tipicamente perecíveis, cheguem com o aspeto e sabor como aparentam no site pode ser um pesadelo.

Para quem esteja a pensar em lançar-se no setor do comércio eletrónico, há uma série de obrigações e custos que tem que ter em atenção. Veja algumas delas aqui:

# Aspetos legais e de licenciamento devem ser conhecidos antes de vender alimentos online

Em termos de licenciamento, não há nenhuma especificação singular para o e-commerce, embora a mercearia deva possuir licenciamento normal de acordo com o exigido pela legislação em vigor para esse tipo de negócio. No entanto, como o negócio terá, em princípio, entrega ao domicílio, será necessário precaver uma série de situações. O incumprimento das mesmas pode levar a multas. Em relação a este transporte de mercadorias aplicam-se as normas dispostas no Regulamento (CE) nº 852/2004, de 29 de abril de 2004. Tal exige que, por exemplo, se mantenham limpos os veículos ou contentores que transportam estes produtos.

# Custos associados à expansão do negócio

A passagem de um negócio com loja física para um negócio online envolve custos associados, nomeadamente em termos de mão de obra, softwares e logística. Em primeiro lugar, será necessário adquirir uma viatura com as características exigidas para o transporte alimentício (nomeadamente, refrigeração). Estando tal assegurado, há outros fatores que importa ter em atenção. Entre eles estão:

1- Criação e manutenção do website

O primeiro passo para se vender online passa por ter um site para o efeito, que não pode ter um software qualquer. Normalmente, os sites de e-commerce exigem sistemas próprios. Após a sua criação é importante também pensar na sua manutenção. Será preciso mão de obra para, por exemplo, inserir produtos no site, corrigir preços, gerir encomendas e afins. Portanto, será necessário ter alguém que possa fazer a gestão desta parte.

2- Software de Gestão de Stocks

Outra parte importante de ter um site com vendas online é a possibilidade de conseguir gerir stocks e saber o que está a ser vendido no digital. Nesse sentido, o empresário que se queira lançar na Internet tem que adquirir também um software que lhe permita manter todo o negócio offline e online integrado e sob controlo.

3- Distribuição e acondicionamento dos produtos

Um negócio online “vive” de uma distribuição célere e eficaz. Pelo que aqui seria necessário, de antemão, um meio de transporte que permitisse acomodar os produtos. De referir que o dito meio de transporte precisaria de estar alinhado com as características exigidas por lei para o transporte de alimentos perecíveis.

Nesta logística, estão implícitos alguns custos. Nomeadamente, custos com combustível e armazenamento individual dos produtos. Por armazenamento individual, entendem-se as caixas onde se guardarão os produtos para entrega posterior. Estas caixas individuais variam o preço de acordo com o alimento a ser condicionado.

4- Seguro para proteção dos produtos refrigerados

Se a empresa vai transportar produtos refrigerados, importa ter um seguro que cubra essas eventualidades.
Negócio online pode ficar mais em conta!

Considerando os gastos que se tem com o negócio online face aos que se tem com a aquisição de uma segunda loja, pode ser mais atrativo para o comerciante optar pela expansão online.

Os gastos que o comerciante tem com a loja física são bastante avultados, principalmente no que toca à manutenção da mesma. Com o aumento das rendas nos principais centros urbanos, adquirir um segundo espaço torna-se quase proibitivo. Nesse sentido, a expansão do negócio pela via do e-commerce afigura-se como uma via alternativa, com maior retorno, de atingir novos públicos. E, quiçá, no futuro as lojas físicas poderão ser mesmo ultrapassadas e substituídas por mecanismos em que a compra e venda online seja primordial.

Atrair o consumidor omnichannel, a conveniência, o preço/valor, a variedade e a experiência do cliente são as considerações que lideram o ranking dos fatores impulsionadores para as decisões de compra online. Por isso, para desenvolver uma estratégia valiosa de e-commerce, é necessário que antes conheça bem esta tendência e tenha conhecimento dos obstáculos que poderá encontrar até conseguir o sucesso desejado.

Fonte: IMR – Instituto de Marketing Research

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